Para Refletir

A idéia de escrever para mim é tentar expressar pensamentos e quiçá organizá-los de alguma forma, como se colocá-los diante de si ao invés de dentro de si ajudasse a mente de alguma forma... Antes de começar a pensar assim eu sempre soube que isso jamais aconteceria, uma vez que pensamentos jamais te deixam e portanto não há abstraí-los, eles simplesmente estão ali e graças a Deus por isso, pois eles fazem você ser o que é. Afinal, O que somos e que valor temos aquém de nosso pensamento?
E é isso. O Flor de Lis é algo mais para expressar as coisas que vem na cachola, sem compromisso com nada além do simples prazer de partilhar minhas idéias e descobrir através dos devaneios dos leitores como elas chegam a seu entendimento. Creio que entender a forma como as idéias são percebidas pelas pessoas é a melhor forma de entendê-las em sua totalidade. E porque não tentar entender pessoas tão especiais que vêm aqui pra ver como eu expresso a percepção que tenho do mundo?

03 outubro 2007

Perfect

People usually say "Life is perfect!" But what's life? Who even knows what's perfect?
To me life is an complicated concept. Because it's not something you say and it will be. It's something you're constructing each second and it's unique like nothing will ever be.
About perfect... Well, this is something that is possible to understand with a reflexive philosophy. Perhaps perfect can be the night or it's the day. Perfect can be your best friend or someone that is in the other side of the world, and you won't know until it's the correct time to. Perfect can be the felling of laugh until the tears or the one of scream until them. It can be the moment when you meet the love of your life or when you see a pet on the street and decide to take it home. Can be the day when you were born or everyday morning when you see the sunlight. Perfect is everything or nothing, depends, like everything in the world, on the reference.
Got it ? No? ok... You see, my reference is my mind.

Eu

Me chame quando os gritos e aplausos cessarem,
Quando o auge se for e a redoma quebrar
Eu ouvirei você gritar,
Eu estarei lá.
Naquele momento quando você perceber
Que as pessoas não são o que parecem ser,
Que a tendência de toda chama é esmorecer
Há de soprar um vento para afastar o medo
Há de encontrar uma mão para te sustentar.
Esse alguém sou eu
O abraço que irá te confortar será o meu
Os passos que vão te conduzir serão os meus
E acontecerá no momento entre a lágrima e o adeus
Te salvar antes de tudo acabar,
Antes que a tristeza te guie
Antes que você não possa mais voltar
Eu estarei lá
Eu...
... Deus.

A Vida

A gota d’água nasce.
Ela tem toda uma face pra percorrer antes que se desfaça e seja esquecida depois de alguns minutos.
Essa gota pode escorrer veloz se for gerada por um sentimento forte o suficiente para impulsioná-la, tornando-a vigorosa o bastante para que manche intensamente a face que percorre.
Pode ser uma gota medíocre, que percorre o rosto arrastada, numa estadia breve que serve apenas para dizer que existiu.
Uma gota falsa. Todos sabem que não deveria estar ali. Mas ela é assim mesmo, sempre encobrindo a verdade oculta imersa na profundidade das coisas que não podem ser reveladas.
Talvez seja uma gota feliz. Essas são as mais raras. Escorrem de vez em quando e, embora se percam facilmente, marcam de maneira tal, que não mais podem ser esquecidas.
Gotas são ainda mais maravilhosas quando podemos nos internalizar nelas e sentir a reverberação que elas provocam em nós. Mesmo que percebamos apenas parte desses infinitos sons que nos compõem, nosso semblante estará modificado para sempre.
Ir para as gotas quando se cansa de si mesmo.
Água. Elemento fundamental.
Sentir e enxergar de outro plano.
Gotas que sentimos e nos fazem chorar. Gotas que vertemos e nos fazem sentir.
Gotas, água, luz, som, sentimentos que nos levam a existir.
Uma gota que morre na boca para se imortalizar em palavras... as ditas, as pensadas, as esquecidas e também as transmitidas por um olhar.
A gota que chega a covinha de um sorriso como o sol depois de uma tempestade e espera que o tempo permita abraçar, ter e ainda aprender com todas aquelas que percorreram a face junto a ela.
Uma lágrima, Uma gota, Uma Laura.

08 setembro 2007

Uma postagem inspirada ?

Inspiração é uma palavra engraçada.
Podia haver uma definição que dissesse assim: do latim IN = DENTRO , do grego PIROS = FOGO e aí teríamos que se trata de algo que vem de dentro do fogo com uma certa dose de AÇÃO (que por sua vez bem que poderia vir do latim ACTUS = ativo, capaz de modificar...). Ou seja, a nossa palavrinha (IN PIROS ACTUS = INSPIRAÇÃO) nada seria além de alguma coisa de dentro do fogo com a capacidade de modificar, e nesse caso inspiração seria sinônimo de calor, que por sua vez é energia e que faz parte do estudo da física e que faria minha cabeça ficar mais perdida do que de costume se isso fosse verdade. Acho melhor abandonar esse devaneio, pois não creio que os autores dos livros científicos, que usam esse princípio de buscar a origem dos termos para explicar seu significado, ficariam muito satisfeitos com essas minhas invenções de origem de palavra.
Inspiração também é o ato de colocar ar pra dentro dos pulmões e, apesar de esse gesto ajudar as pessoas a se acalmarem na maioria das vezes (imagine se não houvesse inspiração, a humanidade deixaria de existir!), em especial quando se inspira profundamente, não gosto de pensar desse jeito porque me lembra de tantos processos fisiológicos que me dá nojo de mim mesma.
Há ainda os perfumes que alguns chamam de inspiração, e essa é a vertente da palavra que mais me diverte. Pra mim inspiração é algo plenamente associado a espontaneidade, criatividade e, os perfumes-inspiração, não passam de cópia, fraude... Divirto-me porque se trata de um grande paradoxo e, particularmente, paradoxos são muito engraçados, mas ainda não é hora de discutí-los.
Bem, essa tentativa frustrada de definição significa que, como a maioria das coisas que eu gosto a inspiração não é definível, isto é, não há como amarrá-la a limites pré-estabelecidos pela vontade humana, de forma que podemos ser livres para nos inspirarmos sem que haja um padrão para que se diga "esta inspiração está correta" ou "esta inspiração não atende às expectativas". E essa ausência de limites comparativos com a realidade mantém a inspiração em níveis meramente imaginários, de forma que, para saber sobre a inspiração de uma pessoa, temos que estar no mínimo a vontade o suficiente com a falta de limites para podermos limitar o que é ou deixa de ser inspiração para nós mesmos. Ou simplesmente não limitar e conseguir viver nessa plena bagunça de pensamentos, que é estabelecida em um mundo em que a organização das idéias em níveis seccionados é cada vez mais plausível e nos leva a um nível de alienação cada vez mais profundo. É uma forma de liberdade não reconhecida e que tenho o prazer de descrever aqui simplesmente da forma imediata como eu percebo que há inspiração no mundo e que há inspiração em mim mesma.
Muitos dizem que se sentem inspirados quando estão apaixonados, outros quando estão com raiva e outros quando o mundo provoca tamanha revolta que esta explode em uma enxurrada de idéias cuspidas no próprio mundo como forma de resposta por tudo que ele tem incutido dentro de cada ser. O "estar inspirado" também ser dito fruto de uma observação mais ou menos minuciosa e até mesmo pode ser dito como falta do que fazer e se sentar na frente de um computador pra escrever sobre uma palavra que de repente se parece engraçada pra você, escrever tantas coisas quanto outros possam achar plena perda de tempo. Mas se o tempo também é indefinível, quem vai dizer que este é um limite classificável?